JESUS CRISTO VOLTARÁ PARA JULGAR OS VIVOS E OS MORTOS

 

INTRODUÇÃO:

Quando rezamos o Símbolo dos Apóstolos (Credo), dizemos sobre Jesus Cristo:
"Creio ... em Jesus Cristo, Nosso Senhor, que foi concebido pelo poder do Espírito Santo; nasceu da Virgem Maria, padeceu sob Pôncio Pilatos, foi crucificado, morto e sepultado; desceu à mansão dos mortos, ressuscitou ao terceiro dia; subiu aos céus, está sentado à direita de Deus Pai todo poderoso, donde há de vir a julgar os vivos e os mortos".
Depois de estudar em temas anteriores os grandes mistérios da Encarnação e da Redenção, vamos nos deter no artigo que professa a segunda vinda de Cristo, pois Ele "há de vir a julgar os vivos e os mortos". Quando Jesus Cristo vier "em sua glória e acompanhado de todos os anjos..., serão reunidas todas as gentes, e separará uns dos outros, como o pastor separa as ovelhas dos cabritos, e porá as ovelhas a sua direita, os cabritos, por sua vez, à sua esquerda... Estes irão ao suplício eterno; os justos, em troca, à vida eterna" (Mateus 25, 31.32. 46).

IDÉIAS PRINCIPAIS:

1. Juízo particular e juízo final

Além do juízo particular, que acontece imediatamente depois da morte, a fé da Igreja diz que no fim do mundo será julgada toda a humanidade. Este segundo juízo será de todos e na presença de todos os homens, ao final dos tempos, e por isto é chamado de juízo final ou juízo universal.

2. Sentido do juízo final

O juízo final não mudará em nada a sentença estabelecida no juízo particular, mas servirá para que resplandeça a sabedoria e a justiça divina, para prêmio dos bons e castigo dos maus, também em relação ao corpo. Perante Cristo, que é a Verdade, será revelada definitivamente a verdade em relação a cada homem com Deus. O juízo final revelará até suas ultimas conseqüências o que cada um fez -bom ou mal- ou tenha deixado de fazer durante sua vida terrena.

3. A segunda vinda de Cristo

O juízo final acontecerá quando voltar Cristo glorioso. O Senhor Jesus, como profetizou aos Apóstolos, virá com grande poder e majestade, rodeado de todos os anjos, como Juiz supremo. Só Deus Pai conhece o dia e a hora deste acontecimento; só Ele decidirá sua chegada. Então, Deus Pai pronunciará, por meio de seu Filho Jesus Cristo, sua palavra definitiva sobre toda a História. Nós conheceremos então o sentido último de toda a obra da Criação e da Redenção. Compreenderemos os caminhos admiráveis pelos quais a Providência de Deus terá conduzido todas as coisas a seu fim último. O juízo final revelará que a justiça de Deus triunfa sobre todas as injustiças cometidas por suas criaturas e que seu amor é mais forte que a morte.

4. A esperança dos "novos céus e da nova terra"

Ao final dos tempos, o Reino de Deus chegará à sua plenitude, e os justos reinarão para sempre com Cristo, glorificados em corpo e alma. E o universo material -o cosmos inteiro- será transformado. A Sagrada escritura chama "novos céus e nova terra" a esta renovação misteriosa, que transformará a humanidade e o mundo. Não sabemos como será, mas neste universo novo que São João chama nova Jerusalém, Deus terá sua morada entre os homens. "E enxugará toda lagrima de seus olhos, e não haverá já a morte nem existirá pranto, nem gritos, nem fadigas, porque o mundo velho passou" (Apocalipse 21,4).

5. Preparar-nos para o encontro definitivo com Deus

Quando o Concílio Vaticano II fala destas verdades tremendas, demonstra que a espera de uma terra nova "não deve debilitar, mas sim avivar, a preocupação de cultivar esta terra". E que "todos estes frutos bons de nossa natureza e de nossa diligência, depois de tê-los propagado pela terra no Espírito do Senhor e segundo seu mandato, os encontraremos depois de novo, limpos de toda a mancha, iluminados e transfigurados, quando Cristo entregar ao Pai o reino eterno e universal". Deus será então "tudo em todos" na vida eterna (cfr. Lumen Gentium, 48).

6. Propósitos de vida cristã

Pensar sempre que um dia, nossas ações ficarão patentes, descobertas diante de todos os homens. Procurar fazer as coisas sempre com retidão de intenção.

Viver sempre em estado de graça, para receber a Jesus com a alma bem disposta.