Na última Missa celebrada em 2011, o Arcebispo do Rio de Janeiro, Dom Orani Tempesta, destacou aos fiéis presentes que a vida de cada um deve convergir para Cristo e por Ele caminhar no dia a dia.
"Celebrar essa missa de Final de Ano, nesse lugar tão específico que é o Cristo Redentor, nos faz lembrar que nossas vidas devem sempre convergir para Jesus Cristo, mas nem sempre conseguimos fazer isso. Que nós possamos sempre partir de Cristo e por Cristo, caminhar no nosso dia a dia", salientou.
A celebração aos pés do Cristo Redentor, na noite do sábado, 31 de dezembro, contou com a presença de mais de 150 pessoas — entre fiéis, seminaristas e membros do clero — que subiram ao Corcovado para agradecer o ano que se passou e pedir bênçãos ao novo ciclo que começa e se renova.
A Santa Missa começou às 22h30 e devido à chuva, foi realizada na capela Nossa Senhora Aparecida, na base do Monumento. Para que coubesse mais gente, a maioria dos bancos da capela foi retirada, assim os fiéis puderam aproveitar melhor o espaço e ouvir as palavras de Dom Orani.
A Missa foi concelebrada pelos Vigários Episcpais: Monsenhor Gustavo Auler, do vicariato Norte e padre José Laudares, do Vicariato Urbano; pelo Bispo Auxiliar do Rio de Janeiro, Dom Edson de Castro Homem, além de outros sacerdotes. A Celebração Eucarística começou com a aspersão da água benta, recordando o batismo.
Durante a Homilia, Dom Orani lembrou as palavras do Papa Bento XVI e fez um paralelo entre o nevoeiro da noite de Ano Novo com a névoa que muitas vezes atinge a vida das pessoas.
"O Papa Bento XVI também lembra que o nosso tempo muitas vezes parece uma névoa nos valores Cristãos e ele lembra isso também para o Dia Mundial da Paz, ele recorda que o nosso mundo muitas vezes vive essa obscuridade e que a nossa missão é fazer com que Cristo seja anunciado", destacou.
Dom Orani ressaltou que o Ano Novo é como se fosse um livro em branco e fazer com que 2012 seja bom é um mérito individual. "O ano não é bom ou ruim, depende de como nós o fazemos, de como vamos trabalhar para que possamos escrever bem cada dia desse novo ano. Quem anuncia a paz é Jesus Cristo e cabe a cada um de nós descobrirmos o caminho para anunciar essa paz", disse.
Houve também adoração ao Santíssimo Sacramento. Antes do fim da Celebração, Dom Orani agradeceu pelo ano de 2011 relembrando alguns dos eventos realizados nesse ano que se passou como a Assembleia Arquidiocesana, a criação de novas paróquias, implementação de trabalhos pastorais e sociais.
"Eu creio que tantos acontecimentos que tivemos nesse ano, em todos os âmbitos, nos trazem essa necessidade de agradecer e louvar ao Senhor pelos nossos padres, bispos auxiliares, pelas novas pessoas que se engajaram, novas pessoas consagradas e consagrados, os meios de comunicação da arquidiocese que deram passos importantes", ressaltou.
O arcebispo recordou ainda que nada substitui o testemunho de vida. Ele pediu a benção de Deus para o novo ano e afirmou que 2012 será um ano decisivo para a Jornada Mundial da Juventude, que irá se realizar no Rio de Janeiro, em 2013.
"Nada substitui o nosso testemunho. Por mais que nós façamos não há nada que substitua o nosso testemunho de vida. Ao voltar para as nossas casas, somos chamados a dizer o quanto Deus nos ama e o quanto é importante que nós sejamos testemunhas de Cristo em nossas capelas, nossas paróquias. Em 2012 ainda não sabemos o que vai acontecer, mas sabemos que Deus nos espera nele. O ano de 2012 também é um ano decisivo para a Jornada Mundial da Juventude, para nos prepararmos ainda mais, para que em 2013 esteja tudo pronto", reforçou.
Apesar da neblina e da chuva insistente que caia, quando o relógio marcou meia noite, todos se encaminharam para frente do Monumento e apreciaram o grande espetáculo pirotécnico. Beijos, abraços e ligações para familiares, todos se saudaram e desejaram um Feliz Ano Novo.
Copacabana, Lagoa, Rocinha, Penha: do alto do Cristo Redentor, os fiéis viram a queima de fogos de camarote e ainda, aos pés do Monumento, receberam 2012 com uma onda de otimismo e paz, tendo a certeza de que o Redentor, de braços abertos, tão grande e imponente, abençoava cada um dos cariocas.